quando, ao longe, avistar a fortaleza branca da carcaça do boi de um, dois, três meses atrás, lembra que: ao colocar seu crânio em mãos, está segurando o zumbido das matas, o calor dos pastos, a secura do mato, o sabor da carniça, a lonjura do tempo e a maresia da seca. segura a história de antigas civilizações e de um vaidoso presente onde, para além da poesia, antes de carcaça, era dinheiro. mas há quem acredite num oratório em plena mata onde, em ritual, eleva-se as cavidades bem limpas pelos carcarás, os dentes soltos, os chifres quebrados e lembra-se: um dia nasceu da terra este ser, com sujidades do chão, para então à terra retornar.








